3.4 Início

Giovanni estava agitado. Duas horas a enviar e a receber mensagens tinham conseguido deixá-lo a pensar em vários temas ao mesmo tempo e a sua mente teimava em não parar.

  • Vou deitar-me. É muito tarde – pensou.

Contudo, volvidos dez minutos levantou-se, foi à sala e começou a escrever umas notas no seu bloco de apontamentos, que mais se assemelhava a uma sebenta.

Verificou as horas. Eram duas e meia. Pousou o bloco e decidiu voltar para a cama.

  • Que estranho Francesca não ter contribuído para a troca de ideias desta noite… Tenho de ligar-lhe amanhã. Ou enviar um ‘sms’. E adormeceu.

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Francesca Caprezzi estava embrenhada na criação dos panfletos.

A criação do texto tinha vindo a confirmar-se a parte mais fácil do trabalho. A conjugação de ideias de Giovanni e de Lauro Donnati haviam tornado a sua execução muito leve, aliás tal como pensara que iria suceder desde o início.

A questão complicou-se com a escolha de imagens e de cor. Percorria-a a intenção de criar uns folhetos apelativos mas sem o exagero que naturalmente impregnava tudo o que circulava veiculado por aquele género de iniciativas e movimentos ecológicos.

  • É impensável não utilizar a cor verde. O verde é obrigatório. Verde relva? Não é muito escuro. Aplico o intermédio…

Os três géneros de panfletos ficaram concluídos a altas horas da madrugada. Francesca não se incomodou. A versão online ficaria para o dia seguinte. Ao deitar-se foi inundada por uma sensação de realização.